sexta-feira, 17 de outubro de 2008

FRUTOS DE SANTIDADE

Outros religiosos exemplares

Certamente os mais ilustres aos olhos de Deus e da Ordem foram os religioso que deram a vida para resgatar os cativos por causa de sua fé. Todavia, também outros nesse período merecem ser lembrados.

Guillén Vives, prior de Barcelona, não obstante ser homem pacífico e humilde, teve de fazer frente com energia à intromissão abusiva e sem motivo do bispo. Precisou enviar um sacerdote informante, o padre Bartolomé de Celforés, a Roma e gastar 3 mil florins de ouro, quantia enorme, para solucinar a situação. O rei Martinho V, então, pôs sob amparo de Coroa de Aragão a comunidade mercedária com suas pessoas, seu templo, sua casa e seus bens. Escreveu a vida de S. Pedro Nolasco e a de S. Maria de Cervellón ou do Socorro, que foi incorporada no processo da santa.

Guillermo Camino, designado para redentor com Raimundo Roca no capítulo de 1419. enquanto navegavam para a África, sobreveio uma tempestade e um madeiro da gávea caiu sobre o padre, destroçando-lhe a cabeça. Seu cadáver foi lançado ao mar.

Juan de Granada , filho de sarraceno famoso, nasceu em 1358 na cidade que lhe deu o nome. Foi por 13 anos comendador de Córdoba, durante os quais construiu a nova igreja. Depois, foi eleito provincial de Castela em 1407. Como tal promoveu a observância regular. Em companhia de Pedro Malasang fez duas redenções na África, em 1415 e em 1427. Nessa última, quando regressavam com os libertos, seu barco foi atacado por piratas genoveses e ambos os redentores foram assassinados.

Juan Sgalars, barcelonês, teve uma vida muito agitada. Foi enviado ao Concílio de Basiléia para gerir assuntos da Ordem em 1439. Daí passou a Nápoles, para falar com o rei Afonso V. NO ano seguinte, foi enviado novamente à Basiléia. A partir desta cidade recorreu várias vezes ao papa e de novo a Nápoles junto ao rei. Nomeado prior de Barcelona, fez uma redenção em companhia de frei Bernardo Grallera, em Tunis, porém este morreu na viagem e perdeu-se boa soma do dinheiro dos cativos. Em 1447, indo como redentor a Tunis, seu barco naufragou na quinta feira santa, morreram vários tripulantes e ele salvou-se milagrosamente, embora perdesse todo o cabedal da redenção e até a roupa que vestia. No ano seguinte, aparece em Nápoles procurando conseguir paz entre Tunis e Afonso V. Finalmente, eleito prior de Barcelona pela terceira vez, morre em sua cidade a 24 de outubro de 1466.

Luis de Becofén. Este religioso nasceu em Languedoc. Jovem ainda, ingressouna Ordem das Mercês, em que fez rápidos p´rogressos na vida espiritual. Os superiores enviaram-no para estudar nas Universidades de Perpiganan e de Montpllier, onde foi professor. Conhecedor das virtudes e de sua ciência, Luís XI o fez teólogo pregador da corte. Nomeado redentor, junto com os padres Diegode Luna, dirigiu-sea Argel em 1471. Vítima dos mouros, que o maltrataram e ameaçaram de morte por pregar a fé cristã, redimiu 213 cativos com quem voltou à Barcelona. O rei da frança solicitou que o Geral o mandasse de volta à corte; Luís XI enviou-o a Roma como pacificador entre o Estado Pontifício e o Grão- Ducado de Toscana. Sisto IV, que o acolheu com todas as honras,queria que ficasse em Roma, ele preferiu voltar à França. Não contente com sua vida palaciana, retirou-se para seu convento de Perpignan, onde se dedicou especialmente à oraçãoe a escrever algumas obras de teologiaescolástica e de mística que, por infortúnio, não se publicaram. Morreu em 1475.

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